sábado, 24 de agosto de 2013

Andador: amigo ou vilão?


Por Carolina Mouta
Matéria publicada no site Bolsa de Bebê
Imagem: Dreamstime



Os andadores infantis são sempre motivo de muita polêmica entre pais, médicos e fisioterapeutas. A maioria dos pais - mais as mamães - apoia a utilização do equipamento que, de boca em boca, vai ganhando mais adeptos. Médicos e fisioterapeutas só veem aspectos negativos no uso desse trem: é um perigo para a coordenação motora e um prato cheio para acidentes. Em alguns países, como o Canadá, a comercialização do andador é proibida.

Turma do contra

Sem qualquer sombra de dúvidas, entre os pediatras, há um consenso: o andador só atrapalha. Para começar, ele aumenta significativamente o risco de quedas, o que pode provocar graves danos aos pequenos. Segundo Aramis Antonio Lopes Neto, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), não há números confiáveis sobre os acidentes causados pelo equipamento. No entanto, a vivência dos médicos diz muito sobre o assunto. "Os pediatras que trabalham em serviços de emergência sabem que tal fato não tão raro", alerta.

A Academia Americana de Pediatria aponta que 30% das crianças que usam o andador sofrem sérios acidentes (incluindo queimaduras, intoxicações e afogamentos). Desses acidentes, 80% são quedas de escadas e um terço das crianças sofrem traumatismos graves, que necessitam de internação. A SBP estima que o acessório, apesar das recomendações dos médicos, ainda faz parte da lista de compras de cerca de 60 a 90% dos pais de bebês entre seis e 15 meses de idade. Para piorar, estudos mostram que 70% das crianças que sofreram traumatismos com andadores estavam sob supervisão de um adulto.

Isso acontece porque, ao colocar a criança no andador, os pais tendem a relaxar. "Muitas vezes o andador é usado para a mãe descansar, o que é uma falsa ideia, já que a criança fica tão sujeita a quedas e acidentes como uma criança sem andador. Criança no andador chega mais longe com maior velocidade e, portanto, precisa de mais supervisão", ressalta a fisioterapeuta Angela Rios. Ou seja, grande parte dos acidentes pode acontecer por pura negligência dos pais.

Além do risco de acidentes, para os especialistas, o acessório tem outro porém: faz com que o bebê deixe de passar por momentos importantes de sua maturação neurológica, prejudicando o desenvolvimento do equilíbrio, da coordenação motora fina, da marcha e por aí vai... E os danos são inúmeros. "Além dos prejuízos de aprendizado por não ter liberdade para buscar, tocar e levar à boca os objetos, há menos estímulo para a curiosidade e criatividade. A criança pode pular a etapa de engatinhar, que é importante para a formação do osso do quadril e das curvaturas da coluna", explica Angela.

Se não engatinhar já prejudica esses ossos, imagine quando a criança pula essa etapa e ainda é colocada em um andador... "A criança sentada com as pernas abertas pode ter uma alteração na formação do osso do quadril e das pernas, e como o assento tem apoio nas costas, a criança não trabalha a força dos músculos próximos à coluna e abdominais, gerando risco maior de curvaturas anormais, como a escoliose", garante a especialista.

E não é só isso. Se a criança for muito pequena e usar o andador nas pontas dos pés pode adquirir um padrão errado de marcha e atrapalhar o desenvolvimento das curvas e dos músculos dos pés. "Há também o prejuízo de não desenvolver a força das pernas e braços para as trocas de posturas. Por ter um menor gasto energético, a criança que passa muito tempo no andador pode desenvolver obesidade muito precocemente", alerta Angela.

Engatinhar é importante e, por mais que os pais estejam ansiosos para ver o pequeno andando, é preciso ter calma. Cada coisa no seu tempo. "As etapas de desenvolvimento natural das crianças devem ser possibilitadas e valorizadas", orienta o Dr. Aramis. Os pais não têm noção do quanto isso é importante. Um atraso motor, por exemplo, poderá acarretar dificuldades na aquisição da fala. Isso acontece novamente por causa da falha no desenvolvimento neurológico que se resume no trio andar-falar-pensar.

A favor

Apesar de toda abominação dos médicos não é difícil encontrar mamães com experiências positivas em relação ao uso do andador. Elas fazem parte da galera a favor do equipamento. O principal motivo é dar uma opção de entretenimento ao bebê enquanto elas ficam na lida diária. "Eu sempre disse que nunca iria dar um andador para os meus filhos. Entretanto, essa foi a única forma que achei para dar conta dos afazeres domésticos. Logicamente, eu nunca abandonei as crianças à mercê do andador. Nunca aconteceu nenhum acidente e não notei nenhum tipo de prejuízo no desenvolvimento deles", assegura Verônica Arquimedes, mãe dos gêmeos Larissa e Breno, de um ano.

Todos os riscos de acidentes e retardos no desenvolvimento parecem não convencer essas mamães que tentam minimizar os possíveis estragos com o uso calculado do equipamento. "Sou a favor do andador, mas com moderação. Se o bebê estiver sob o olhar atento da mãe, que mal faz? O que não dá é para prender a criança e deixá-la assim o dia todo. No entanto, uma horinha por dia não há de prejudicar", analisa Elisa Chaves, mãe de Victor, de nove meses. Vanessa Costa, grávida de sete meses de Vivian, concorda com o meio termo. "Acredito que deva haver bom senso. Não adianta querer usar para que a mãe se beneficie. Quem tem que se beneficiar é a criança. Colocar o bebê na época certa, sob supervisão, com o tempo controlado, eu acho super válido. Com certeza o andador está na minha lista e vou comprá-lo", diz.

Tem gente que além de só ver benefícios, repete a dose e ainda recomenda. É o caso de Catarina Silveira, mãe de Bruno, de seis anos e à espera de Rafaela. "Meu primeiro filho começou a usar com oito meses e foi ótimo. Já estava engatinhando e, sinceramente, acho que não pulou nenhuma fase. Pouco antes de completar um ano já estava andando. Com certeza vou usar novamente com meu segundo bebê", planeja. Cibele Sanz, mãe de Bernardo, de dois anos garante que as quedas passaram longe de seu filho. "O Bernardo usou andador e eu recomendo. O primeiro tombo dele foi sem o andador. É só colocar o equipamento num lugar plano e ficar de olho", opina.

Mariana Cunha, arqueóloga, mãe de Isabela, de cinco meses, é bem mais polêmica. "Eu cheguei à conclusão de que, para os médicos, tudo é errado: dar mamadeira, chupeta, alimentos industrializados. No entanto, nós, mães, somos a detentora da palavra final. Nós conhecemos o nosso bebê e sabemos suas necessidades", esbraveja.

Nem aliado, nem inimigo

Na verdade, o assunto é controverso mesmo. Uma recente pesquisa feita por Paula Silva Carvalho Chagas, professora da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mostrou que não existem dados que comprovem prejuízos ao desenvolvimento dos bebês por causa do equipamento, bem como não há evidências sobre benefícios às crianças.

No estudo - feito com dois grupos, um com andador e outro sem - foram observadas a maneira de andar das crianças, a habilidade em subir rampas e o relato dos pais. O resultado é que não houve diferenças no processo entre eles. Todos os bebês apresentaram desenvolvimento normal, aprendendo os movimentos corretamente, em um tempo adequado.
Segundo a pesquisadora, alguns mitos foram desfeitos com os resultados: as crianças não andavam na ponta dos pés, com pernas mais ou menos abertas, não se jogavam para frente ao caminhar e nenhuma das crianças andou mais cedo ou mais tarde por conta do uso do andador. Para a fisioterapeuta, os resultados poderão contribuir para que a decisão clínica de optar pelo uso do andador ou não seja feita com base em dados científicos.

Diferentes modelos

Por causa de tanta polêmica, o mercado apresentou um novo modelo de andador: o vertical. Mas, pra a SBP, não há distinção entre andadores circulares e verticais. Apesar da ideia de que a criança terá mais liberdade, os pais devem ficar atentos ao que pode vir junto a isso. "O andador permite uma mobilidade maior da criança e lhe dá velocidade para locomover-se, mas também reduz significativamente o seu controle de direção e a sua capacidade de parar ou de desviar de possíveis obstáculos", analisa o Dr. Aramis.

Vamos entender a diferença entre os modelos. O andador circular é aquele em que a criança fica dentro de um "disquinho", sentada em um apoio, geralmente de tecido. "Enquanto fisioterapeuta e mãe, digo que os esses andadores são potencialmente prejudiciais para o desenvolvimento dos bebês e deveriam ser proibidos. Muitas vezes são considerados bens de consumo e familiares presenteiam o bebê com um por acharem facilitador para quem cuida da criança", diz Angela Rios, que exemplifica o mal que o equipamento faz: "Ao visualizar um objeto que desperte a curiosidade, a criança livre se arrasta, engatinha ou anda até ele e pode tocá-lo, pegá-lo, colocá-lo na boca. A criança presa no andador pode até chegar mais rápido no objeto, mas não conseguirá pegá-lo, e isso inibirá sua curiosidade para buscar objetos de interesse. O desenvolvimento da criança se dá principalmente pela curiosidade e pelo estímulo dos sentidos - visão, audição, tato, paladar, olfato", diz.

Esse modelo permite uma marcha sem direção, o que, segundo Angela, não é normal. "A criança deve primeiro aprender a andar pra frente, com os pés apoiados inteiramente no chão. Isso favorece o desenvolvimento dos músculos dos pés e das pernas e influencia diretamente a formação das curvaturas da coluna. No andador circular o bebê anda "sentado" que é completamente diferente da marcha normal. Além disso, não tem mobilidade para buscar objetos no chão, fica restrito apenas ao que lhe é dado e colocado na mesinha do andador. Com isso, a criança não desenvolve o equilíbrio para trocas de postura (sentado - ajoelhado - em pé)", observa a fisioterapeuta.

Além de problemas de marcha, ósseo e muscular, a criança também pode ter atraso na sua percepção de espaço. "Uma criança livre aprende a se movimentar passando por espaços estreitos (atrás do sofá, embaixo da cadeira) e amplos (salas, quintais e corredores). Assim, ela percebe o lugar que ocupa nesses espaços. Presa no andador, é evidente que sua noção de espaço fica limitada", esclarece.

O andador vertical permite mais liberdade, mas é importante que a criança esteja sempre sob a supervisão de um responsável e tenha liberdade para usar o andador ou movimentar-se sem ele, usando outros objetos ou paredes como apoio. Para quem ainda não conhece, o andador vertical é aquele que serve como auxílio para a criança se levantar e empurrar. Pode ser usado depois que a criança já passou pelas etapas de arrastar e engatinhar, geralmente quando ela começa a subir nos objetos e, espontaneamente, tenta andar pra frente. "Ele é mais indicado para o desenvolvimento da marcha, pois não interfere na direção e permite que a criança desenvolva o controle de levantar, apoiar e voltar para o chão, quando ele quiser", orienta Angela. A criança fica completamente livre para abaixar e pegar um brinquedo, por exemplo. Alguns especialistas já olham essa opção com outros olhos.

Mas, apesar de mais aceito por alguns profissionais, o andador vertical é tão dispensável quanto o circular. Na visão dos especialistas, o uso do andador é completamente desnecessário. A criança precisa experimentar seu corpo livremente, treinar mudanças posturais, e os tombinhos são essenciais para ao auto aprendizado do esquema corporal, da noção espacial e do equilíbrio. É preciso ter paciência. "A aquisição das habilidades são naturais e progressivas e variam de acordo com a aptidão de cada criança. Não existem mecanismos ou técnicas para abreviarem o tempo ou para suprimirem etapas do desenvolvimento de uma criança", ressalta o Dr. Aramis.

A fisioterapeuta Angela Rios endossa o coro. "Não vejo em que situação o uso do andador circular seja fundamental, e em minha opinião não deve ser utilizado em nenhuma idade. É interessante que, caso a criança não tenha a disposição um andador, ela vai usar qualquer objeto que lhe permita apoiar, como uma cadeira", explica.

Como estimular sem andador

Para que seu bebê se sinta incentivado a dar os primeiros passinhos, quanto menos coisas pelo meio do caminho, melhor. "Organize o espaço, permitindo a movimentação autônoma, livre e segura da criança, sempre supervisionada por um cuidador atento", diz o médico.  Por isso, assim que o bebê senta, o melhor estímulo é deixá-lo à vontade, no chão, para explorar o ambiente. Assim, ele irá engatinhar, levantar, se apoiar no sofá e, quando você menos esperar, estará correndo pela casa!

De acordo com a fisioterapeuta Angela Rios, o andador pode ser substituído por adaptações na casa. "O andador não é a solução para a criança ficar menos tempo no colo, pois sua curiosidade para ir para o chão depende de estímulo e paciência. Sugiro que a mãe procure adaptar a casa para que a criança movimente-se livremente com o menor risco possível", aconselha. Então, que tal algumas dicas da especialista?

- Coloque protetores nas tomadas, não deixe objetos eletrônicos ao alcance da criança;
- Retire objetos de vidro e quebráveis da altura de acesso da criança, e substitua por brinquedos para que ela se interesse pelo ambiente;
- Procure manter o chão sempre limpo;
- NÃO deixe a criança de meia no chão liso, pois assim ela pode ter dificuldade para se arrastar e não se interessar pelo ambiente.
- Lembre-se que pequenas quedas e leves ferimentos são próprios da infância e não justificam uma superproteção, o que torna a criança ainda mais vulnerável.

Viu só? Para os especialistas a receita é simples: para estimular os pequenos nessa nova fase ofereça a firmeza do chão e a sua fiel companhia! O que você acha?

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pisou na bola com o filhote? Tem jeito!

Por Carolina Mouta
Matéria para O Baú da Criança
Crédito da imagem: divulgação
 
 
 
Relação entre pais e filhos é algo bastante complicado mesmo. E, todos os dias vemos exemplos de pisadas na bola por aí. Por mais que tentemos acertar sempre, nós, mães, às vezes erramos a mão e magoamos o pequeno. É preciso ter cuidado para que esses "deslizes" não virem rotina. E, dependendo de quem for o prejudicado, as consequências podem se agravar, principalmente se os filhos ainda estiverem na fase de desenvolvimento e aprendizado.

A Coordenadora Pedagógica do Colégio Itatiaia, Adriana Iassuda,, alerta aos pais sobre como agirem com seus pequeninos e diz que o pior tipo de mancada que pode ser cometido com o filho é não cumprir o que foi prometido a ele. "Por isso é necessário ter muita cautela no momento de fazer uma promessa”, avisa.

Mas, caso algo já tenha acontecido, e a criança esteja profundamente frustrada, há como reverter a situação. E falar a verdade é algo essencial nestes momentos. “Conversar e explicar o que realmente se passou é muito importante, pois às vezes achamos não ser a solução mais adequada, mas a grande questão é que os filhos sentem quando os pais não estão certos do que falam e a situação só pode piorar”, completa Adriana.

Dependendo do tipo de mancada e da quantidade de vezes que elas ocorrem muitas crianças podem até mesmo acabar perdendo a confiança em quem as magoou. E isso é péssimo. De acordo com Adriana, o fato de filhos pequenos deixarem de confiar em seus pais é algo mais difícil, porém não é impossível. Além disso, se muitos erros forem cometidos diversas vezes, as consequências nos pequenos podem ir se manifestando gradativamente conforme eles forem crescendo até que a situação se torne insustentável.
 
Se isso ocorrer, a pedagoga ressalta que uma das alternativas está no exemplo que deverá ser dado pelos pais. “Assumir a responsabilidade pode ser uma boa escolha. Devemos ter em mente que para as crianças os pais sempre serão ‘heróis’ e que deve ser muito difícil para os pequenos perceber que seus ‘ícones’ não cumprem o que prometem”, diz. Então, seja coerente e pense antes de falar ou prometer algo, principalmente quando se tratar de alguma repreensão para uma atitude inadequada.

Entretanto, a melhor maneira de ter um bom relacionamento com os filhos é evitar frustrá-los por causa de falhas ou esquecimentos. Lógica e calma são bons aliados antes de se tomar qualquer atitude com as crianças.

Viu só? Simples medidas podem realmente fazer a diferença para garantir um bom convívio familiar e um crescimento emocional super saudável dos filhos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Na compra do material escolar, boa hora para trabalhar limites

Por Daniele Vilela Leite *

Todo início de ano é a mesma coisa: o corre-corre dos pais nas pesquisas e compras do material escolar dos filhos. A lista de material escolar varia muito de uma escola para outra, e o ideal para economizar é pesquisar preços e marcas, além de, é claro, orientar as crianças e os adolescentes antes de saírem de casa.

Uma boa alternativa também é os pais tentarem “reaproveitar” alguns materiais do ano anterior, tais como mochila e estojo de lápis. Com essa ação mais específica, os alunos vão poder começar o ano letivo já fazendo coro às muitas ações que as escolas fazem em referência à sustentabilidade, que passa, evidentemente, por mudanças no comportamento e tentativa de redução do consumismo desnecessário.

Atualmente, as papelarias e as grandes lojas do setor fazem de tudo para conquistar os clientes, apostando em iniciativas diferenciadas para atrair a simpatia de adultos e crianças. Há lojas que entregam o material escolar na casa dos clientes, enquanto outras se especializam em encapar cadernos e bordar toalhas com nomes das crianças. Em tempos em que as famílias se sentem cada vez mais desafiadas na relação entre o tempo e os compromissos dentro e fora de casa, serviços de entregas de materiais têm sido muito bem-vindos.

Para tentar ajudar os pais nesse momento de grande importância na vida escolar das crianças e adolescentes, alguns noticiários exibem reportagens com o tema, ressaltando que, para “economizar”, uma das grandes dicas é não levar os filhos à papelaria no momento da compra.

Ora, ainda que essa dica tenha seus méritos, é preciso muito cuidado quanto a ela, pois pode esconder a fragilidade dos adultos em relação à orientação e aos limites que toda criança e adolescente têm direito de ter. Uma criança bem-orientada em todos os momentos em que ela solicita a compra de algum presente, por exemplo, saberá reconhecer e respeitar os limites que seus pais estão impondo a ela no momento da compra dos materiais escolares.

O grande segredo para não ter problemas quanto aos insistentes pedidos das crianças, que tendem a desejar sempre o mais caro e o de marca reconhecida, é trabalhar isso com elas durante todo o tempo. Se esse trabalho de orientação e limites ainda não tiver começado, não desanime, pois você pode iniciá-lo agora mesmo, aproveitando a ocasião da compra de materiais como ponto de partida. Mas, é preciso ressaltar, crianças e adolescentes frustrados dentro da papelaria demonstram claramente que há pontos a ser melhorados no relacionamento entre pais e filhos em vários momentos durante o ano.

Hoje, é comum os pais trabalharem o dia todo deixando as crianças em creches, com avós ou babás. Muitos se sentem culpados por permanecer ausentes o dia inteiro, e, como forma de “suprir” essa ausência, permitem que seus filhos façam tudo o que têm vontade. Por sentir dó, evitam repreendê-los.

Como se não bastasse, há casos de pais que, para não ter que aturar o choro da criança depois de um dia exaustivo de trabalho, acabam cedendo a todas as vontades dela. Já outros, infelizmente, preferem “suprir” essa ausência presenteando seus filhos com bens materiais (brinquedos, jogos, bonecas, carrinhos, entre outros).

Qualquer uma dessas situações, acredite, pode dificultar não apenas o momento da escolha conjunta dos materiais escolares, mas também muitos outros aspectos que envolvem a vida das crianças e adolescentes.

Bem, depois de tudo isso, resta-nos a pergunta: Estamos, de fato, orientando nossos filhos em suas reais necessidades? Toda criança e adolescente têm direito a receber de suas famílias orientações e conscientização sobre os limites que tanto farão falta a eles durante toda a sua vida.


* Daniele Vilela Leite é Orientadora Educacional na empresa Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br); Formada em Serviço Social pela Univap, com larga experiência em trabalhos em creches no interior de São Paulo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Reduza a miopia com brincadeiras ao ar livre

Por Carolina Mouta
Matéria produzida para O Baú da Criança
Imagem: Dreamstime


Brincar ao ar livre é uma delícia! Correr, pular, mexer na terra, deitar na grama... E quer mais um motivo para incentivar seu pequeno a aproveitar tudo isso? Pesquisadores afirmam que encorajar as crianças a brincar mais fora de casa pode ser um jeito interessante de proteger a visão e reduzir o risco de miopia. Apesar de a dificuldade de enxergar de longe ser muito comum e fácil de corrigir com o uso de óculos, lentes de contato ou cirurgias, quanto mais afastadas do problemas elas tiverem, melhor.

Justin Sherwin, pesquisador da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, reconhece que boa parcela dos casos de miopia têm componente hereditário, mas diz que isso não exclui a forte influência de fatores externos no desenvolvimento da doença. “Descobrimos uma associação relevante entre o aumento do tempo passado ao ar livre e prevalência de miopia em cerca de dez mil crianças e adolescentes. A cada hora a mais por semana passada em ambiente externo, como parques e playgrounds, o risco de miopia é reduzido em 2%”, observa.

Esse tipo de estudo reforça outra constatação muito comum nos consultórios oftalmológicos: o uso excessivo de computadores e videogames vem prejudicando a visão de crianças e adolescentes, que mesmo nas férias passam horas nas redes sociais ou jogando em telas pequenas. Ficar horas a fio lendo livros também é bastante prejudicial.

De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, a falta de brincar ao ar livre e o uso contínuo de videogames pode levar a criança a sentir dificuldade para enxergar de longe, criando um embaçamento da vista. “Também pode provocar dores de cabeça, lacrimejamento, ardor e vermelhidão nos olhos. Essa condição costuma persistir por vários meses, levando ao diagnóstico de miopia – que pode ser transitória ou permanente”.

Para o Dr. Renato, oss pais têm de prestar mais atenção no que os filhos fazem nas horas livres. “Talvez por uma questão de segurança ou porque os pais trabalham fora, as crianças estão cada vez mais voltadas para dentro de casa. Nesse cenário, muitos nem se dão conta de que os pequenos se refugiam em seus quartos, passando horas demais diante do monitor de computador ou do videogame. Uma das consequências é a miopia”.

O médico diz que para cada hora que a criança passa fixando a tela do monitor ou a TV, ela deve fazer uma pausa de pelo menos 15 minutos, piscando várias vezes e olhando pela janela para focar objetos mais distantes.

Então, se a brincadeira ao ar livre é uma forma de afastar a possibilidade de um problema na visão, que as crianças procurem brincar mais em parques, clubes e playgrounds. Os olhos agradecem.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Paternidade responsável e a pensão alimentícia


Por Fernando Loschiavo Nery*
 

Vivemos em uma época onde as informações viajam de um ponto a outro do mundo em poucos segundos. A comunicação instantânea quebrou inúmeras barreiras que dificultavam conhecer novas pessoas e construir relacionamentos. Se no mundo virtual tais barreiras estão caindo, quanto mais se dirá do contato pessoal afetivo no mundo real, pois nunca antes experimentamos tamanho avanço na medicina e na biotecnologia (maior liberdade sexual).

Observando a história percebemos que na década de 60, com a chegada do anticonceptivo às farmácias, a possibilidade de se manter relações sexuais sem engravidar provocou uma verdadeira revolução nas relações sexuais. A partir da década seguinte, dominada a técnica da inseminação artificial (bebê de proveta), tornou-se possível o congelamento dos gametas (sêmen/óvulos), ampliando novamente a liberdade sexual nas relações afetivas, concedendo seletividade na parceria para gerar filhos.

Provavelmente, sejam estas algumas das causas do fortalecimento das relações afetivas fluídas, sem um maior compromisso (como por exemplo, a do “ficar”), distantes da figura do namoro, e bem mais longe do casamento.

Mas o Estado não descuidou de garantir os direitos da criança que está por nascer. Afinal de contas, se levarmos em consideração todos os métodos anticonceptivos que existem hoje, fica evidente que o 'risco' de uma gestação inesperada é muito menor que o de antigamente. Aquela que traz o fruto de uma relação afetiva (ainda que fluída) em seu ventre é tão responsável quanto aquele que deixou a semente cooperando com a gestação.

Nestes casos, nossa Constituição Federal, garante defesa ao feto e a gestante, através do princípio da paternidade responsável. A vigente Lei de Alimentos Gravídicos obriga ao futuro pai a cobrir todas as despesas do período de gravidez (da concepção ao parto), inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a critério do médico, além de outras que o juiz da causa considere pertinentes.

A Lei estabelece que, para fazer valer este direito, a gestante deverá provar apenas a existência de “indícios de paternidade” (não exige certeza, apenas probabilidades de que seja o pai). Tais “indícios” permitirão ao juiz determinar um valor de pensão alimentícia que incluirá todas as verbas acima descritas, as quais deverão ser pagas mensalmente pelo futuro pai.

Exames de paternidade se realizarão somente após o nascimento da criança, e, uma vez confirmada a paternidade, os valores arbitrados pelo juiz para pagamento mensal da pensão alimentícia, serão convertidos em obrigação definitiva (valor fixo mensal).

Se após nascida a criança, se comprove não ser o pai aquele que vinha pagando a obrigação alimentar, restará a ele o direito de ingressar contra a genitora com uma ação de reparação civil. Críticas residem nesta hipótese, pois a genitora pode não possuir bens que venham a garantir o ressarcimento dos valores desembolsados. O valor que o juiz atribuir de início, será o que permanecerá como pensão alimentícia definitiva quando nascida a criança, por isto aconselhamos ao suposto pai que busque assistência técnica de advogado especialista assim que receber a citação.

Deste modo, concluímos que, embora as relações afetivas fluídas tenham se tornado mais frequentes, a responsabilidade quanto à saúde física e psíquica do feto e da gestante, nas situações que envolvam gravidez, também se impõe ao futuro pai (mesmo que não exista certeza se é o pai), por força da Constituição Federal, da Lei de Alimentos Gravídicos e do que dispõe sobre alimentos o Direito de Família.

 
* Fernando Loschiavo Nery é professor e advogado em Direito das Famílias e Sucessões do escritório Braga e Balaban Advogados, especialista em Direito Processual Civil e mestrando em Direito Civil pela PUC-SP 

 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Material escolar: vamos economizar?

Por Carolina Mouta
Matéria para o blog O Baú da Criança
Imagem: Dreamstine



Todo início de ano é a mesma coisa: lá vem aquela lista enorme com o material escolar das crianças. Como se não bastasse os outros gastos típicos da época (lembre-se que você tem que pagar tudo o que gastou no Natal e Ano Novo, além de IPVA, IPTU...), é hora de comprar o que os pequenos precisam para iniciar o período letivo.
 
Levantar todo o material escolar que sobrou no ano anterior, separando o que pode ser reaproveitado ou não, pode ser uma boa alternativa, conforme pontua o educador financeiro Edward Claudio Jr. Nessa hora é importante lembrar que as trocas de livros didáticos entre alunos de séries diferentes representam grande economia. Caso não possa trocar, doe o material para jovens de famílias necessitadas. O especialista orienta, ainda, a ver sobre a possibilidade de comprar somente o material que será utilizado no primeiro semestre, isto poderá lhe trazer uma boa economia e menor desembolso de dinheiro.
 
Na hora da compra, evite levar as crianças. "Elas são influenciadas pelos amigos e pelo marketing publicitário, por isso vão querer sempre produtos da moda e que contenham imagens de artistas ou personagens de sucesso, o que faz com que os preços desses produtos fiquem muito mais caros", ressalta Edward.

Heleni de Paiva, diretora do Procon de Santo André, órgão vinculado à Secretaria de Assuntos Jurídicos, ainda ressalta que há garantia para os itens adquiridos em papelarias. "Se os produtos apresentarem algum problema, mesmo que sejam importados, o consumidor tem seus direitos resguardados pelo Código de Defesa do Consumidor. Os prazos para reclamar são de 30 dias para produtos não duráveis (como lápis e borracha, no caso de materiais escolares, pois seu uso ou consumo resulta na destruição imediata da sua própria substância) e 90 dias para os duráveis (como apontadores e mochilas)”. A diretora ainda reforça que é preciso ler atentamente as instruções e recomendações de uso de cada produto adquirido.

Outro conselho essencial é a exigência da nota fiscal, pois ela é o meio de prova da aquisição do produto, e pode ser utilizada para o caso de reclamação ou troca.

Segundo as orientações da Fundação Procon, a escola não pode solicitar a compra de materiais de uso coletivo, como material de higiene e limpeza ou taxas para suprir despesas com água, luz e telefone; exigir a aquisição de produtos de marca específica, e determinar a loja ou livraria onde o material deve ser comprado. Para a diretora, a atitude de algumas escolas que exigem que o material escolar seja comprado no próprio estabelecimento é abusiva. "O Procon defende que é obrigação da escola fornecer as listas aos alunos, a fim de que os pais ou responsáveis possam pesquisar preços e escolher o local em que irão adquirir os produtos", frisa Heleni.

É bom destacar que a instituição escolar só deve pedir aquilo que for para uso pedagógico do aluno e devolver os produtos que não forem usados ao final do ano letivo.
Algumas medidas simples podem ajudar a manter o orçamento da família em ordem e o Finanças Práticas, programa de educação financeira da Visa, reuniu algumas delas:

1. Evite a pressa: “é importante se preparar para a compra e olhar a lista com calma, sem querer resolver tudo para ontem”, destaca Waldeli Azevedo, consultora financeira do Finanças Práticas;

2. Reaproveite: podemos sempre reaproveitar materiais de um ano para o outro. Por isso, vale mobilizar toda a família e fazer uma boa busca em casa;
3. Negocie com a escola: “nem sempre aquilo que está na lista será usado imediatamente”, comenta Waldeli. Vale a pena checar com a escola quais itens podem ser comprados mais para frente ou no segundo semestre;
4. Pesquise preços: o preço pode variar bastante de uma loja para outra. É importante pesquisar pela internet ou diretamente nas lojas, como preferir;
5. Compre em grande quantidade: “os preços para compras no atacado podem representar uma economia significativa”, alerta a consultora. Vale juntar um grupo de amigos ou estocar em casa.
6. Divida a lista: por mais que elas gostem, as crianças não devem participar da compra de todo o material. O ideal é dividir a lista entre itens para serem comprados sem elas e com elas, para que haja essa participação. Isso evita o stress e, consequentemente, mais gastos na hora das compras;
7. Preserve-se: “evite ir às lojas em horários de pico, pois, no tumulto, corremos o risco de perder o controle e gastar mais. Tente manter a calma e tenha paciência”, aconselha Waldeli;
8. Limite o orçamento: antes de sair para as compras, estipule o quanto vai gastar e não fuja muito dessa quantia;
9. Diga não: quando estiver acompanhado dos filhos, não tenha medo de dizer não. O material escolar não deve ser visto como um prêmio para a criança, como se estudar fosse algo ruim. Utilize a oportunidade para dar os primeiros passos na educação financeira das crianças.
10. Planeje-se: alguns itens, como mochilas, lancheiras e canetinhas podem ser comprados em outras épocas do ano, com preço muito menor. Programe-se!
11. Atenção ao uniforme: leve apenas o necessário. Estamos no verão, portanto, seu filho não vai precisar agora de casados e moletons, que são itens mais caros. Além disso, lembre-se: as crianças crescem depressa!
12. Negocie descontos: “observe as condições de pagamento, negocie descontos e prazos. Seu bolso agradece”, finaliza Waldeli.
 
Lembre de que comprar materiais escolares é uma atividade de extrema importância que requer cuidados. Este investimento deverá sempre estar previsto no orçamento da família.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ah, não! Virose no verão?

Por Carolina Mouta
Matéria para o blog O Baú da Criança
Imagem: Dremstine

Verão e férias. Existe época mais gostosa? Mas, para que a diversão esteja garantida, as mamães devem tomar alguns cuidados com a saúde das crianças. Sensações como dor de cabeça, cansaço, mal-estar, diarreia, vômitos, mal-estar e dor por todo corpo, podem ser sintomas de virose.

De acordo com a Dra Ligia Brito, clinica geral e infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, a alta temperatura facilita a manifestação de vírus e bactérias, que tem como aliada a alimentação desregrada no período de férias.

Então, o melhor é dar atenção a pequenos detalhes que irão fazer toda a diferença para que as crianças (e os pais) desfrutem de um verão sem problemas. Veja as dicas da médica:


- Hidrate-se, beba muita água durante todo o dia.
- Lave bem frutas e verduras antes de consumi-las
- Mantenha alimentos bem refrigerados
- Lave sempre as mãos antes de comer
- Evite consumir bebidas preparadas em locais sem condições de higiene ou que venham com gelo, pois a água pode estar contaminada
- Prefira alimentos industrializados aos lanches, espetos e outros alimentos vendidos na praia
- Lave cuidadosamente as mãos, principalmente após usar o banheiro e ao colocar as mãos nos olhos.
- Evite andar descalço, inclusive na praia.

Caso cometa algum deslize e a virose se instalar nas crianças, procure um médico.“Nesse caso é comum os pacientes se automedicarem, porém, tomar remédios sem a orientação médica é perigoso, pois o paciente pode acabar potencializando o vírus ao invés de eliminá-lo além de efeitos colaterais causados pelos próprios medicamentos”, esclarece a médica.

E, fazer uso do soro caseiro nunca é demais. Sabe prepará-lo? Em primeiro lugar, lave bem as mãos. Dentro de uma jarra, misture um litro de água, 1 colher de chá (rasa) de sal e 2 colheres de sopa (cheias) de açúcar. O soro pode ser ingerido a cada meia hora, podendo ser utilizado por até 24 horas após o preparo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Dicas para prevenir lesões com as crianças nas férias

Imagem: Dreamstime

As férias escolares chegam sempre acompanhadas de muita diversão, viagens, passeios, além de mais tempo livre para as brincadeiras. Mas o período exige atenção redobrada dos pais para evitar lesões nas brincadeiras dos filhos.

Praticar esporte, seja do passeio de bicicleta à “pelada”, ensina à criança o valor do esporte e da disciplina. No período de férias, as atividades físicas se intensificam, mas a prática esportiva em crianças e adolescente requer cuidados especiais. Muitos, se não tiverem a orientação correta nesse período, podem voltar às aulas com fortes lesões.

A coordenação motora infantil, ainda em desenvolvimento, implica menor velocidade de reação física em comparação com a dos adultos. Conforme as crianças crescem e se fortalecem, os riscos de lesões também aumentam. Geralmente, as crianças menores de 10 anos se machucam em playground. Já os adolescentes tendem a se lesionar por meio da prática de esportes, além das quedas de bicicleta.

Nas práticas esportivas, as lesões podem ocorrer como resultado de quedas, batidas, boladas, torções, entre outros. Assim, todos os esportes e exercícios físicos implicam riscos e a única solução é prevenir. Os pais são aliados importantes e precisam se informar das causas e das formas de prevenir lesões, sendo fundamental que propicie a seus filhos a oportunidade de praticar esportes de maneira segura. “No HCor, durante as férias do ano passado, recebemos 10% a mais de atendimentos de crianças lesionadas durante as recreações. As lesões mais frequentes são contusões (traumas que afetam somente as partes moles das articulações) e lesão da cartilagem”, explica Dr. Rene Abdalla, ortopedista e responsável pelo Instituto do Joelho HCor.

Estima-se que mais da metade das lesões ocorridas durante atividades esportivas envolvendo crianças e adolescentes possa ser prevenida se os pais tivessem tomado os devidos cuidados e tido orientação. “A utilização de equipamentos corretos, como calçados apropriados, treinamento com técnica adequada, supervisionado por treinadores e técnicos, exercícios de alongamento muscular ou de flexibilidade, além de avaliação médica e multiprofissional estão entre as principais medidas preventivas”, esclarece o ortopedista.

É importante o uso de capacete nas atividades que utilizem equipamentos de roda, por menor que seja o percurso. A escolha do calçado, tamanho e tipo adequado também é muito importante. Esportes como o futebol exige o uso de chuteira, pois os cravos de plástico facilitam a aderência ao gramado. O mesmo calçado, no entanto, não serve para bicicleta ou skate. “O uso de um calçado apropriado é importante para a prática esportiva, assim os pais não devem permitir que as crianças joguem ou pratiquem esportes descalças ou com sandálias, para evitar lesões mais sérias nos pés”, alerta o ortopedista.

Dicas para prevenir lesões com as crianças durante as atividades físicas:

- Avalie os níveis de dificuldade de cada esporte para ver se eles são compatíveis com a idade e o tamanho da criança. Por exemplo: uma bicicleta de adulto não serve para uma criança;
 - Garanta que a criança, ao andar de bicicleta, patins ou skate, sempre utilize roupas adequadas e proteção apropriada, como capacete, joelheiras e cotoveleiras. E que pratique essas atividades em locais próprios e seguros;
 - Antes de começar qualquer esporte, as crianças devem passar por um exame médico completo;
 - Verifique se a pessoa que treina a criança está capacitada a prestar um serviço de primeiros socorros em caso de acidentes;
- Verifique se o ambiente de treinamento é adequado para prática esportiva;
- As crianças devem ter um tempo adequado de intervalo entre as atividades e não devem continuar a jogar se estiverem machucadas.

Com esses conselhos, as férias serão um momento de muita diversão! Aproveite!